Ouso escrever.

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"Cada pessoa, por si só, promove a sua indispensável transformação interna, transmutando o pesado chumbo do seu emocional, no ouro reluzente da Evolução Mental."

"Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar." (Carlos Drummond de Andrade)

Fé Esperança Caridade

Fé Esperança Caridade
Fé Esperança Caridade - Virtudes chamadas teologais porque têm a Deus por objeto de modo imediato. Pela fé nós aderimos ao que Ele revelou; pela esperança tendemos a Deus apoiando-nos em seu socorro para chegar a possuí-Lo um dia e vê-Lo face a face; pela caridade amamos a Deus sobrenaturalmente mais do que a nós mesmos. A minha Fé não é achar que Deus fará o que eu quero, mas basea-se na certeza de que Ele fará por mim tudo o que preciso.

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Meus livros são minha essência e a minha terapia ocupacional.
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ALGUNS LIVROS DE MINHA AUTORIA.

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O brasão


sábado, 3 de julho de 2010

DESPERTOS AO SOAR DAS VUVUZELAS

Não posso deixar de reproduzir o texto escrito pela Amiga e Escritora Alessandra Leles Rocha publicado originalmente em:

De volta à realidade é hora de seguir em frente e pensar no futuro dessa nação. Cientes de que projetar felicidade nas costas alheias pode ser fatal e ineficaz, cabem a cada cidadão brasileiro tratar de lutar com unhas e dentes pelo seu próprio quinhão de alegria e contentamento; bem como, de realizar pelas próprias mãos a transformação de sonhos e projetos.
De fato, é muito bom quando algum brasileiro na execução de seu ofício representa bem o país dentro ou fora de suas fronteiras. Eles ou elas estão lá, representando o país, realizando seu trabalho, certamente lutando com muitas dificuldades para chegar até esse ponto, e deixarão nas páginas da história o registro desse legado. Sentimos satisfação, orgulho, alegria por ver que, apesar de tantos pesares, desse solo continua a brotar uma infinidade de talentos capazes de encher os olhos e alma de emoção.
Mas, é preciso entender de uma vez por todas que a realização pessoal desses indivíduos em questão não altera direta ou indiretamente a nossa própria realidade, continuamos a ser os mesmos, a “matar milhões de leões” por dia para dar conta das obrigações prestes a nos soterrar, alternando sucessos e fracassos no dia a dia. Títulos, conquistas, premiações, computadas aos quadros de memória do país não são capazes de mudar os rumos da nação, de milhões de pessoas que movem as engrenagens do desenvolvimento e do progresso dessa terra.
Debruçamos diante deles como Narciso fez diante do lago, admirados com tanta beleza e perfeição! Mas nosso espelho é bem outro: distantes dos salários suntuosos, das mordomias em viagens e hospedagens nos melhores hotéis, das novidades médicas de última geração para tratar as lesões, dos contratos publicitários que rendem dinheiro extra no fim do mês, enfim... tudo à disposição para ainda fazerem o que mais gostam. Enquanto os pobres mortais enfrentam a exaustão da labuta, o transporte lotado, as filas no atendimento público de saúde, a jornada tripla para saldar os compromissos no fim do mês, a marmita fria na hora do almoço, a falta de professores nas salas de aula – para aqueles que sonham em melhorar de vida -, a insegurança nos centros urbanos, o stress... enfim, tudo o que a vida é capaz de lhes oferecer em termos de sobrevivência.
No mesmo mundo dois universos que se defrontam e não se percebem pertencentes à mesma semente: o Brasil. Aos ídolos que falharam na sua missão tudo permanece como antes; talvez, alguns dias sob o olhar acusador e sarcástico da mídia, nada que o tempo não supere. Aos fãs também a normalidade de sempre, com o gosto momentâneo do amargo da decepção – se eles que tinham tudo e não conseguiram o que nos restará? Na esfera do mais ou do menos, do maior ou do menor, acordaremos amanhã todos brasileiros, cidadãos, trabalhadores, cumpridores das obrigações habituais. A catarse da alma continuará a ser nossa meta para dar alívio e sentido em continuar a jornada, mas buscará em outros elementos da vida motivo para acontecer. Permaneceremos fiéis aos encantadores das bolas nos pés; mas, agora, conseguindo enxergar a realidade que se esconde atrás da rede branca, da euforia do gol, da emoção do hino; finalmente fomos despertos ao som das vuvuzelas.


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O texto de Alessandra não é antipatriota. Retrata sim uma grande verdade: - A vida continua... E como bem disse o Técnico da Seleção: - Fora contratado por 4 anos. Portanto, o contrato termina após a copa.
Entendo como pertinente registrar o meu pensamento sobre o assunto. Não vejo sentido em associar patriotismo ao futebol. Pode ser importante para a formação e reprodução de determinados tipos de identidade. A questão é outra. E, algumas pessoas não sabem lidar com o fato: - Um time de futebol ser eliminado de um campeonato ou competição.
Depois do jogo assisti uma briga, ente dois adultos, com direito a socos, pontapés, palavrões com o saldo de algumas lesões corporais.
As agências internacionais em Porto Príncipe (Haiti) noticiaram que: - "Um jovem haitiano que torcia para a seleção brasileira cometeu suicídio nessa sexta-feira, após a eliminação da equipe de Dunga diante da Holanda, nas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul".
Outra notícia relata o fato de que: - Um homem de 28 anos se suicidou na Tailândia porque seu pai lhe repreendeu por passar muito tempo acompanhando a Copa do Mundo da África do Sul em vez de ajudar a família nos campos de arroz, informou nesta sexta-feira a imprensa local".

Entendo que uma pessoa torça por uma seleção na copa, com direito a vuvuzela e nervosismo total. Não entendo como algumas pessoas fazem a conexão entre uma partida de futebol e o patriotismo. Também, passo longe da ideia de que o futebol é o ópio do povo e/ou de que os torcedores esquecem dos problemas de suas vidas ao assistir futebol. O problema não é esse. O problema é outro. Considero o associar futebol ao patriotismo, algo tosco e sem sentido.
Agora vamos aos fatos:
Exatamente o que a seleção brasileira estava defendendo? O status de melhor futebol do mundo. O que isso tem de relevante para todos os brasileiros? Nada!! Pelo menos para a maioria de nós, pois os únicos que lucram alguma coisa com esse evento são os que lidam com os produtos vendidos nessa época e os integrantes da própria seleção.
Com o fim da copa o que ganha nossa nação? Se a seleção tivesse saído de lá vencedora que benefícios isso traria? O analfabetismo deixaria de existir? Haveria uma redução drástica nos impostos? Saneamento para todos? Escolas com infraestrutura e pessoal bem preparado e muito bem remunerado? Uma melhoria na Segurança Pública? Não, nenhuma dessas coisas aconteceria, sabe por quê? Somos Pentacampeões Mundiais de Futebol!!! E nenhuma das coisas que falei aconteceu quando ganhamos nossa primeira copa ou nas quatro seguintes. E cada brasileiro acredita estar sendo patriota nessas demonstrações na época da copa, isso não é patriotismo está mais para fanatismo futebolístico.
Ser patriota é muito mais que isso: não jogando lixo nas ruas, cedendo o assento ou o lugar na fila para os idosos ou gestantes, saber o Hino Nacional. Podem dizer que isso é civismo, mas essas palavras são praticamente irmãs.
Patriotismo é ir votar não por que é obrigatório, mas por que você conhece o trabalho do candidato e acompanhou-o nos últimos quatro anos ou sabe que o candidato apesar de nunca ter cumprido um mandato é honesto e não irá roubar nosso dinheiro.
Patriotismo é acompanhar de perto o que os governantes estão fazendo na sua cidade, no estado e no país.
Patriotismo é não roubar o imposto de renda.
Patriotismo é se reunir com seus amigos e vizinhos e exigir mais educação, atendimento de saúde pública eficiente, mais policiamento e saneamento básico é não se calar perante as injustiças praticadas por quem quer que seja. Isso é patriotismo!!!
Talvez o que estou dizendo seja utópico ou passível de incompreensão. Afinal por que o cidadão comum deveria saber o que é patriotismo? Não é um produto anunciado em outdoors, não é a letra da música mais tocada nas rádios, não faz parte da trama de nenhuma novela de qualquer horário ou canal e nem é anunciada com estardalhaço nos telejornais. Bem como não é enredo de Escola de Samba.

Calma!!!!!! O Miniaurélio fornece o seguinte significado para a palavra pa.tri:o.tis.mo:

Substantivo masculino.
Amor a pátria; consciência dos deveres cívicos e apego e/ou admiração pelas coisas do seu país.